sábado, 27 de setembro de 2014

ISOLAMENTO NÃO É PROVA DE INCONFORMISMO:uma critica a ultraesquerda

ISOLAMENTO NÃO É PROVA DE INCONFORMISMO

BRENO ALTMAN

Qual será a orientação do PSOL, no segundo turno? Marchando separado, golpear junto com o PT para derrotar a restauração neoliberal representada por Marina e Aécio? Ou lavar as mãos?


No início dessa semana, um importante dirigente do PSOL, Juliano Medeiros, deu-se ao trabalho de responder nota que eu havia recentemente escrito, acerca do caráter marginal de agremiações políticas que buscam se situar à esquerda do PT. Seu artigo atende pelo título "Resposta a Breno Altman: por uma esquerda inconformista".

A questão proposta em meu texto era simples e o encabeçava: "Por que a ultraesquerda brasileira é residual?". Não houve qualquer intenção ofensiva na pergunta enunciada. A história está repleta, afinal, de pequenos grupos que lograram rapidamente plantar frondosas alternativas de poder.

Não é o que ocorre, no entanto, com os agrupamentos mencionados em meu breve artigo. O desempenho eleitoral do PSOL, PSTU, PCB e PCO, tudo junto e misturado, dificilmente chegará a 2% nas eleições presidenciais. A curva de resultados, após atingir seu pico em 2006, é declinante e beira a inanição. Tampouco sua influência nos movimentos sociais e nas lutas populares é relevante, com a exceção de alguns segmentos minoritários.

Esta constatação foi feita apenas para fazer jus a um clássico axioma: a prática é o critério da verdade. Maus resultados, depois de um longo período, deveriam obrigar à revisão de orientações adotadas. Outra opção é sobreviver como pequenas seitas, senhoras da luz e da razão, mas cujas ideias supostamente corretas jamais são capazes de servir como amálgama para uma força social expressiva.

Medeiros labuta para explicar, em sua resposta, a existência de diferentes concepções entre as correntes citadas. Aceitemos que suas explanações sejam certeiras e apropriadas. Todos estes grupos, ainda assim, têm em comum, mesmo com distintas matizes, a mesma caracterização sobre o Partido dos Trabalhadores: o maior instrumento político que o proletariado brasileiro logrou forjar teria se passado, de malas e bagagens, para o campo da burguesia.

Tal conclusão é seminal para a atuação de legendas pretensamente situadas à esquerda da esquerda. Ela nasce da compreensão de que o governo petista configurou-se em comitê gestor a serviço das companhias capitalistas e, portanto, no principal inimigo a ser combatido. No curso dessa transição, teria arrastado o próprio partido para a posição de apêndice político das classes dominantes.

O dirigente do PSOL ensaia certo cuidado em sua análise, mas em termos que ressaltam seu ponto de partida. Ao se referir à presumida posição do PT como fiador de um "pacto conservador", Medeiros indaga e responde a si próprio: "Isso é o mesmo que dizer que o PT e os demais partidos burgueses seriam farinha do mesmo saco? Evidente que não." O fato é que, ao determinar diferenças táticas no tratamento de diferentes partidos, o psolista reafirma o eventual transformismo de classe operado pelo PT, agora vicejando ao lado dos "demais partidos burgueses".

Este padrão de raciocínio não é novo. Trata-se de comparar a trajetória petista a de partidos sociais-democratas europeus que, nascidos no movimento operário, acabaram por se alinhar a suas respectivas burguesias nacionais durante a Guerra Fria. Foram ainda mais longe: com o colapso da União Soviética, aprofundaram sua submissão à hegemonia norte-americana, ao capital financeiro, à doutrina neoliberal e a excrecências como o chauvinismo.

Pode-se argumentar, com razoável comprovação nos fatos e narrativas, que o PT veio a se converter em um partido reformista, a partir de sua estratégia de aproximação do poder pela via institucional. Eventualmente alguns de seus quadros tenham saltado o alambrado. Mas não há qualquer fundamento na realidade para se afirmar que tenha reproduzido o curso social-democrata europeu, o da passagem para outro campo de classe, ou que esteja próximo de fazê-lo, ainda que o risco esteja sempre presente em um partido que opera por dentro do Estado.

As medidas e políticas adotadas desde 2003, ainda que possam ser consideradas débeis e insuficientes, tiveram caráter de resistência ao modelo rentista herdado dos governos anteriores e emulado de projetos animados pelos países centrais do capitalismo. Ao lado de outras experiências latino-americanas, mais ou menos radicais, o PT impulsionou programa na contramão do ciclo histórico aberto nos anos oitenta.

A aplicação de políticas distributivistas promoveu a maior e mais prolongada onda de crescimento de renda e emprego entre os trabalhadores desde os anos quarenta. A inclusão social se transformou na principal ferramenta para ampliação do mercado interno de massas como força propulsora do desenvolvimento, apoiada também por iniciativas que ampliaram direitos de acesso à moradia e à educação.

O Estado vem recuperando papel regulador e protagonismo econômico, com a expansão dos investimentos públicos e o fortalecimento dos bancos estatais. Outras empresas sob controle governamental também tiveram suas atividades alavancadas, a começar pela Petrobrás, cuja musculatura foi tonificada após a descoberta do pré-sal e a substituição do regime de concessão pelo de partilha.

Essas reformas, no fundamental, não alteraram as estruturas da economia e do poder político, mas representam alternativa programática distinta daquela defendida pelos núcleos dirigentes da burguesia interna e seus sócios internacionais. Não é à toa a guerra permanente dos meios tradicionais de comunicação, efetivos partidos das classes dominantes, contra os governos de Lula e Dilma.

A adaptação de determinadas corporações ao predomínio da agenda petista não anula sua oposição de classe. O capital, como sabe qualquer curioso pelos assuntos da história, busca acomodação, se possível, até a processos revolucionários. Quanto mais a uma situação instável, no quadro de um governo de coalizão, sem maioria parlamentar de esquerda, com as velhas instituições praticamente intactas, na qual são vastos os espaços para a disputa entre diversos projetos e interesses.

Ainda que limitadas, na essência, à realocação de recursos orçamentários e ao redirecionamento de fundos públicos, as mudanças implementadas pelas administrações petistas se contrapõem à lógica rentista e aos primados neoliberais, em movimento inverso ao da social-democracia europeia.

Medeiros até chega a considerar estes fatos como "ganhos reais". Mas logo emenda que "não comprovam qualquer compromisso em si". Do bolso de seu colete saca uma espantosa tese para tentar argumentar exatamente o contrário, que esses "ganhos reais" são um sinal de capitulação do PT: "aumentar a renda e expandir gastos públicos são instrumentos utilizados pela burguesia sempre que as condições conjunturais permitem."

A afirmação reflete ilusão escandalosa. Quer dizer que há vontade patronal natural para "aumentar renda e expandir gastos públicos", cujo obstáculo seriam apenas "condições conjunturais"? Em qual momento da história a burguesia aceitou aumentar a renda dos trabalhadores sem que fosse por poderosa pressão do movimento operário, interna ou internacional, através de lutas sindicais ou governos de caráter popular?

Mas o pior aspecto de sua peroração fantasiosa diz respeito ao desconhecimento do mundo no qual vivemos depois do colapso da União Soviética. Todos os países capitalistas, nos últimos quase 25 anos, sob governos conservadores ou sociais-democratas, padeceram com a redução dos salários reais dos trabalhadores e a diminuição dos gastos públicos com programas sociais. As únicas exceções foram nações governadas por partidos de esquerda, de oposição ao neoliberalismo, como é o caso do Brasil no período petista.

Trata-se de estelionato político da pior qualidade reconhecer "ganhos reais", mas classifica-los como normais aos interesses da burguesia ou triviais em um cenário internacional ainda dominado pela hegemonia unipolar do imperialismo norte-americano.

A banalização das conquistas, para enquadrá-las na teoria da suposta domesticação petista, da qual o PSOL e seus parceiros parecem depender para respirar, acaba confluindo para a seguinte conclusão: "este também é um governo da direita, ou ao menos de parte dela".

Obviamente esta afirmação vem acompanhada da crítica à política de alianças, tanto no campo econômico quanto institucional. Medeiros não se deu ao respeito de citar, como caberia a um quadro responsável, a contradição fundamental decorrente da eleição de um presidente de esquerda sem maioria parlamentar. Qual a alternativa para uma situação como essa, a propósito, além da negociação com setores e partidos da burguesia que, se descolando da fração dirigente do neoliberalismo, aceitassem respaldar um programa mínimo e progressista de governo? Afinal, não foi assim que se obtiveram os tais "ganhos reais" reconhecidos até pelo açodado crítico?

Não passa de charlatanismo caracterizar o atual governo, por sua natureza de coalizão, como "da direita" ou de parte dela. Basta analisar seu rumo, com alguma honestidade, para reconhecer que o princípio reitor foi a construção de um modelo econômico-social que se choca com a fórmula propugnada pelo capital financeiro desde o Consenso de Washington.

Outra coisa é questionar seu ritmo e profundidade, ou identifica-lo como um "reformismo fraco", repetindo André Singer, que fica aquém das possibilidades políticas reais e debilita a disputa pela hegemonia no Estado e na sociedade. Uma posição é considerar este governo inimigo, outra é carimba-lo como insuficiente ou recuado.

A história está cheia de exemplos como uma ou outra destas conclusões sobre governos frentistas levam a distintas estratégias.

O MIR chileno não participava do governo da Unidade Popular, durante a presidência de Salvador Allende. Classificava-o como reformista, indisposto a conduzir rupturas que julgava indispensáveis. Buscava, no limite de suas forças, mobilizar setores do povo e da juventude para radicalizar as medidas palacianas e reivindicar mudanças mais profundas. Mas diante de qualquer ataque da direita, cerrava fileiras com a UP e formava nos primeiros batalhões em sua defesa. Marchava separado, mas golpeava junto.

O grupo Bandeira Vermelha, na Venezuela, poucos meses após a eleição do presidente Hugo Chávez, passou a considera-lo um braço populista do Fundo Monetário Internacional, destinado a reorganizar o Estado burguês em crise. Passou a defini-lo, portanto, como um inimigo a ser abatido. Seus militantes, aplicando essa linha, estavam ombro-a-ombro com os golpistas de 2002, a ocupar provisoriamente o Palácio de Miraflores. Estabeleceram, desde então, aliança implícita com a oposição de direita, pois partilham o mesmo objetivo tático, qual seja, derrubar o governo de Nicolás Maduro, como antes o de Chávez.

Os fatos não deixam quaisquer dúvidas que, até o presente, com raros momentos de bom senso, o pensamento majoritariamente assumido pelo PSOL aproxima-se mais da variante venezuelana que da chilena. A diferença é que, retoricamente, também bate nos partidos da direita, mas efetivamente movimenta-se pela lógica de considerar o governo petista seu inimigo principal.

Basta relembrar o comportamento durante a crise de 2005 e a AP 470. Ou no curso da operação conservadora contra a Petrobrás. Ou nas campanhas presidenciais de Heloísa Helena e Plínio de Arruda Sampaio. Ou a facilidade com que filiados importantes – como a própria ex-senadora alagoana e o senador Randolfo Rodrigues, entre outros – já anunciam apoio à candidatura de Marina Silva para o segundo turno da corrida presidencial.

O grande problema da linha adotada pelo PSOL e companhia, no entanto, é a existência de um abismo entre a caracterização do governo como "da direita" e a potente mudança positiva da situação dos trabalhadores. O "inconformismo" receitado por Medeiros esbarra no apoio de massas ao processo liderado pelo PT. Ainda que existam insatisfações concretas, especialmente nos últimos anos, os pobres da cidade e do campo não reconhecem, em sua experiência concreta, a identificação do governo petista como traidor ou patronal. Pelo simples fato que essa afirmação não se sustenta sobre a história dos últimos doze anos, refletindo apenas uma análise sectária e inócua.

Medeiros parece não dar muita bola para isso. Diante da sustentação popular ao governo petista, recorda que assim também se portava "a maioria dos trabalhadores que viviam sob o fascismo da Itália dos anos 20". Vamos saltar seu desconhecimento sobre qual era a base social dos fascistas, que jamais conseguiram maioria entre operários e camponeses sem-terra. Ainda que adesão social não seja definidora sobre o caráter progressista ou não de um determinado partido, isolamento tampouco é prova de inconformismo eficaz, a serviço da boa causa socialista.

A incorreta apreciação sobre o significado contemporâneo do PT e seu governo, além de estimular tendência à reclusão em um gueto político, propicia certa dinâmica mercadológica: vale tudo para tentar o desgaste do partido que ocupa o espaço social supostamente dedicado à autodenominada "esquerda inconformista", incluindo exacerbar os piores preconceitos de setores médios naturalmente antipetistas.

A ineficácia desta postura, no entanto, parece que ainda não incomoda seus autores, mesmo que os dividendos correspondentes sejam recolhidos por correntes reacionárias que celebram a possibilidade de encontrar ajuda objetiva de agrupamentos estranhos ao seu campo político-ideológico. Apropriam-se da produtividade denuncista da ultraesquerda, sugando mais um pouco de seu potencial de inserção autônoma na luta de classes.

Ainda que esta situação residual da ultraesquerda não a condene, por si só, ao desaparecimento, deveria ser suficiente para levar seus melhores dirigentes e agremiações a repensar opções que conduziram ao raquitismo, mesmo com o importante espaço à esquerda aberto pelo gradualismo petista. A preferência por atitude de rejeição, em prejuízo à hipótese de defesa e radicalização das mudanças, parece tornar inepto o acionar dos que se imaginam o último biscoito do pacote revolucionário.

Estas escolhas serão colocadas em xeque, mais uma vez, no segundo turno das eleições presidenciais de 2014. Qual será a orientação do PSOL, por exemplo? Marchando separado, golpear junto com o PT para derrotar a restauração neoliberal representada por Marina e Aécio? Ou lavar as mãos porque, conforme reza sua bem-sucedida cartilha, são todos farinha do mesmo saco e da mesma classe?

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

"Eu vejo o futuro repetir o passado, eu vejo um museu de grandes novidades...": Marina e sua coligações...



"Eu vejo o futuro repetir o passado, eu vejo um museu de grandes novidades...": Marina e sua coligações



Marina pretende se mostrar ao mundo como uma grande novidade, como um ícone da nova política.  E se diz tão novidade que chega a listar como um dos motivos para receber votos o fato de "atrair pessoas de bem".

Aí a gente vai ver quem são as "pessoas de bem" que a cercam.

Porque ela tem em sua coligação seis partidos políticos. Além do PSB, tem coligados  PRP, PPS, PSL, PPL e PHS. E não conseguimos vislumbrar nova política aqui (link is external). Por exemplo, três dos partidos coligados têm o mesmo presidente há mais de 10 anos. Vejamos:

O PPS é presidido por Roberto Freire desde sua fundação, em 1999 - e lá se vão 15 anos.

O PSL também tem o mesmo presidente desde a sua fundação, há 16 anos - Luciano Bivar, que admitiu em entrevista haver subornado membros da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para que um jogador do Sport, clube que preside, fosse convocado para a seleção brasileira.

E o PRP, definitivamente, não tem nada de nova política. O partido foi fundado em 1991, e desde então só teve três presidentes, entre os quais pai e filho. Ovasco Rezende (o filho) está na presidência do partido há dez anos, e só a assumiu após a morte de seu pai. Antes que alguém confuda, é preciso esclarecer: não, não se trata de monarquia. Trata-se de partido fundado para dar continuidade ao legado de Adhemar de Barros  - e que ~nova política ~ é essa nós ainda não sabemos. O PRP tem dois representantes na Câmara dos Deputados. Ambos respondem a processos no STF e um deles responde ainda a processo no Tribunal Regional Federal da Bahia. Acusações? Improbidade administrativa.

Os outros dois partidos da coligação - PHS e PPL - não têm representantes no Congresso.

Agora, por favor, é necessária alguma explicação: que frescor político é esse que Marina tanto apregoa? Cadê novidade à sua volta? Cadê gente de bem?

... e neste momento nos lembramos daquela música do Cazuza:

Eu vejo o futuro repetir o passado, eu vejo um museu de grandes novidades...

Fonte:Muda Mais

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

DILMA CORAÇÃO VALENTE


Internauta lista por que não votará em Marina.




POR QUE EU JAMAIS VOTARIA EM MARINA SILVA

O marido de Marina Silva, Fábio Vaz de Lima, foi acusado de exploração ilegal de madeira no período em que Marina Silva era ministra do meio ambiente. Esse é um fato muito estranho se levarmos em conta que a Marina Silva defende tanto a preservação do meio ambiente.

http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/tcu-apontou-irregularidades-em-doacao-de-madeira-feita-pelo-ibama-na-gestao-marina-silva

Poucos sabem disso, mas quando Marina Silva foi ministra do meio ambiente, o desmatamento na Amazônia só fez aumentar. Assim que ela entrou como ministra, o desmatamento na Amazônia foi aumentando até o momento em que ela saiu. Logo depois que ela saiu e Carlos Minc assumiu o ministério, o desmatamento da Amazônia voltou a cair. Sendo o ambientalismo uma das principais plataformas de governo de Marina, é de causar muito estranhamento o fato dela ter sido tão incompetente na gestão do ministério do meio ambiente.

http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2007/10/337678-desmatamento-cresce-8-na-amazonia.shtml

http://imirante.globo.com/sao-luis/noticias/2010/03/31/carlos-minc-deixa-ministerio-com-menor-taxa-de-desmatamento-da-historia.shtml

Marina Silva tem sua campanha financiada pelo banco Itaú, que deve aproximadamente 18 bilhões de impostos a receita federal. A partir desta parceira milionária podemos esperar não apenas o alívio dessa dívida com a receita federal, como também um possível ministério para o dono do Itaú, Roberto Setubal, como já está sendo cogitado.

http://noticias.r7.com/blogs/andre-forastieri/2014/08/20/antes-de-votar-em-marina-voce-precisa-conhecer-neca-e-fazer-a-pergunta-de-r-18-bilhoes/

http://jornalggn.com.br/noticia/roberto-setubal-possivel-ministro-de-campos-ve-futuro-na-infraestrutura

Marina Silva, ainda ministra do meio ambiente, insistiu que o Brasil deveria assinar um tratado internacional que determinava como “não renovável” a energia hidráulica brasileira, que vem das hidrelétricas do país. Se esse acordo fosse assinado pelo governo brasileiro, toda a produção de energia elétrica brasileira iria para a clandestinidade ou ficaria na ameaça de ser considerada insustentável. Isso colocaria em sério risco a produção de energia nacional, cuja maior parte vem das hidrelétricas. Essa é uma medida irresponsável, que atentaria contra a economia nacional, e traria consequências nefastas ao país.

https://www.youtube.com/watch?v=-WOo8HFU12o (Começa aos 9 minutos, falando das hidrelétricas que Marina iria pôr em risco)

Todos sabem que Marina Silva é evangélica da Assembleia de Deus. Isso não teria nenhum problema se não fosse o caráter conservador e dogmático de suas crenças, assim como sua ligação com evangélicos e com a bancada evangélica no Congresso Nacional. Marina Silva chegou a defender o deputado Marco Feliciano quando ele foi escolhido presidente da comissão de direitos humanos da câmara dos deputados. Marina disse que Feliciano só estava sendo atacado por ser evangélico. Além disso, afirmou que isso se devia a um preconceito que muitos nutriam contra os evangélicos.

http://www.cartacapital.com.br/politica/marina-silva-defende-marco-feliciano

Marina Silva já se colocou contra o casamento gay em diversas oportunidades. A candidata diz “não ver com bons olhos” duas pessoas do mesmo sexo se casando. O que os gays podem esperar de uma presidente como Marina Silva no quesito de respeito à diversidade de opção sexual e aos direitos da comunidade LGBT?

http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,marina-se-declara-contra-casamento-gay,560871

Marina Silva disse ser a favor do ensino do Criacionismo nas escolas. O Criacionismo é uma crença primitiva segundo a qual Deus teria criado o mundo em sete dias, há 6000 anos. Essa teoria rejeita frontalmente todos os avanços da teoria da evolução das espécies de Darwin, e procura rivalizar com ela. Embora Marina negue que seja favorável ao ensino do criacionismo nas escolas (obviamente por medo de perder votos), ela mesmo admitiu que se colocou favorável ao ensino do criacionismo como uma alternativa a teoria da evolução quando foi perguntada por um aluno de uma escola evangélica. Ela disse que: “Desde que se ensine também o evolucionismo, não vejo problema que se ensine também o criacionismo, pois assim os jovens poderiam fazer as suas escolhas”. A candidata alega, porém, que teria dito isso apenas no contexto das escolas confessionais (acredita quem quiser). O que podemos esperar de uma presidente que já defendeu que o criacionismo seja ensinado nas escolas?

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG81345-6010-506,00.html

O fanatismo religioso de Marina Silva parece ir além. A candidata já afirmou várias vezes que é contrária as pesquisas com células tronco embrionárias. Ela disse: “Não tenho uma posição favorável à pesquisa com célula-tronco embrionária, e eu já disse isso”, afirmou ela. “Eu sou favorável à pesquisa com célula-tronco adulta”. Muitos cientistas temem que um possível governo de Marina Silva vá emperrar diversos tipos de pesquisas científicas que por ventura se oponham às suas convicções religiosas. Como ficará a pesquisa científica e seus avanços no Brasil com uma presidente que mistura religião com política como Marina Silva?

http://arquivo.geledes.org.br/acontecendo/noticias-brasil/279-presidencia/6684-marina-diz-que-e-contra-testes-com-celulas-tronco-embrionarias

Além de todas estas questões delicadas sobre a manutenção do estado laico, há denúncias contra Marina sobre um suposto uso do ministério do Meio Ambiente para eventos de cunho religioso. A estrutura do órgão público teria sido utilizada para auxiliar a realização de um evento evangélico em 2007, mas algumas fontes afirmam que não foi apenas uma vez que isso ocorreu. Por outro lado, há relatos de que existem pessoas ligadas a igrejas evangélicas assentadas no gabinete que foi de Marina Silva no ministério, com profissionais ligados às igrejas Batista Central de Brasília, Sarah Nossa Terra e ao Movimento Evangélico Progressista. Diante destas informações, é possível uma indagação a respeito da conduta de Marina Silva como presidente: saberá ela separar seu lado religioso e suas convicções de fé da política respeitando a diversidade e a complexidade de um país como o Brasil?

http://www.eco21.com.br/textos/textos.asp?ID=1676

Recentemente veio à tona o programa de governo e econômico de Marina Silva. Nesse programa, formulado por Neca Setúbal, sócia do Itaú e da família Setúbal (dona do Banco Itaú), responsável pela sonegação de 18 bilhões de reais em impostos até o ano passado, fala-se que a economia será submetida ao “mercado”, o Banco Central será independente e as taxas de juros e outros serão decididos de acordo com o “mercado financeiro” (leia-se bancos e especuladores). O jornal Valor Econômico mostra que existe convergência entre o programa econômico de Aécio Neves e Marina Silva. Isso na prática representa flexibilização de direitos trabalhistas, além do “mercado” como indutor do crescimento e não o Estado.

http://www.valor.com.br/eleicoes2014/3662186/conselheiros-de-aecio-e-marina-convergem-em-politica-economica

http://www.vermelho.org.br/noticia/248110-1

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A MANIPULAÇÃO NA MAIS NOVA PESQUISA DO IBOPE

A MANIPULAÇÃO NA MAIS NOVA PESQUISA DO IBOPE


“Quem diz na pesquisa do Ibope que o governo é ótimo ou bom (37% dos eleitores consultados), vai votar na Dilma, com certeza. E dentre aqueles que dizem que o governo é regular (33%), espera-se que pelos menos 1/4 dessas pessoas votem na Dilma. Por que 1/4? Você acha esta fração absurda?

Isto para não falar na pesquisa espontânea na qual Dilma aparece sempre em primeiro lugar, e para não falar também na opinião da maioria dos eleitores que acham que a Dilma ganhará a eleição. É por isso que as pesquisas não me convencem.

Agora, vamos nos deter um pouco mais sobre a avaliação do governo feita pelos eleitores, segundo o Ibope:

“A pesquisa mostra que a administração da presidente Dilma tem a aprovação de 37% dos eleitores entrevistados – no levantamento anterior, divulgado no último dia 12, o índice era de 38%. O percentual de aprovação reúne os entrevistados que avaliam o governo como “ótimo” ou “bom”. Os que julgam o governo “ruim” ou “péssimo” são 28%. Para 33%, o governo é “regular”. Os dois índices são os mesmos do levantamento anterior.”

Dentre os que julgam o governo “ruim” ou “péssimo”, a Dilma não conseguirá nenhum voto, óbvio. Agora, considere o seguinte raciocíno: 37% dos eleitores que avaliam o governo como ótimo ou bom vão votar com a Dilma, claro. E dos que dizem que o governo é regular (33%) , pelo menos 1/4 desse percentual (~8%) vai votar na Dilma. E eu pergunto outra vez: por que não 1/4?

Some agora 37 + 8 e veja quanto temos. Em outras palavras, o que o Ibope está tentando me convencer é do seguinte: dos 33% dos eleitores que avaliam o governo como regular, ninguém, absolutamente ninguém, vai votar na Dilma. Isso é o maior absurdo que eu já li em toda a minha vida.

Agora, vamos para a manipulação dentro da margem de erro:

Diz a pesquisa como resultado para o primeiro turno: Dilma tem 36%, Marina, 30%, e Aécio, 19%. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Considerando esta margem de erro e o fato de que o Ibope sempre manipula a pesquisa de maneira favorável aos seus candidatos preferidos, podemos fazer as seguintes conjecturas com os números acima: a Dilma teria entre 34 e 38 das intenções de voto, a Marina entre 28 e 32 e o Aécio entre 17 e 21. Considerando agora uma manipulação extremada, porém dentro da margem de erro, a Dilma estaria com pelo menos 38%, Marina no máximo com 28 e Aécio no máximo com 17 . A distância entre Dilma e Marina seria, portanto, de 10 pontos percentuais, bem próxima dos 9 pontos detectados na última pesquisa Vox Populi. Mas se o Ibope admitisse esta situação mais do que provável , aquele Instituto estaria admitindo que o crescimento de Dilma continua, em comparação com os números das pesquisas anteriores. E é ai que a porca torce o rabo: o Ibope tinha que mostrar a qualquer custo que a Dilma caiu nesse momento tão delicado “de indefinição”.

Por outro lado, se a eleição fosse amanhã e os resultados dessem 38% (Dilma), 28% (Marina) e 17% (Aécio), o Ibope diria que esses números estariam rigorosamente dentro da margem de erro (e de fato estão), e que a pesquisa teria sido feita de maneira criteriosa.

SILAS MALAFAIA E A DERROTA PÚBLICA DE UM CRISTIANISMO: NOTAS...Por Romero Venâncio


SILAS MALAFAIA E A DERROTA PÚBLICA DE UM CRISTIANISMO: NOTAS
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Essa “guerra santa” promovida pelo pastor tem claros interesses políticos e econômicos

*por Romero Venâncio

O Brasil vive um fenômeno impressionante a mais de três décadas: o crescimento de grupos evangélicos pentecostais ou “Neopentecostais” (como querem alguns sociólogos da religião). Crescimento este que não só é no numero de fieis, mas é também no crescimento patrimonial (rádios, TVs, Templos) e no âmbito da política partidária oficial. O fenômeno midiático cresce a olhos vistos. A TV Record pertence toda a Igreja Universal do Reino de Deus e que tem a figura de Edir Macedo como mentor e dono das organizações televisivas e radiofônicas. Em grande parte cresceram a sombra de uma ditadura militar (os principais líderes pentecostais sempre mantiveram boas relações e apoio explícito aos militares golpistas) e continuaram a crescer nos governos democráticos. Mas o momento mais visível e significativo do crescimento pentecostal se deu na grande onda neoliberal dos anos 90 no Brasil e em boa parte da América Latina. Significativo em que? Na derrota das políticas de esquerda, na privatização acelerada dos bens públicos e na decadência dos serviços públicos, atingindo em cheio as camadas populares das periferias.

O discurso da “Teologia da prosperidade” pentecostal veio como uma luva na mão das aspirações dos mais pobres do Brasil. Ter um emprego, ter carro, ter casa, ter empresas, ter família estruturada, ter ascenção social, ter, ter, ter… Virou o mantra das pregações, “milagres”, louvores, delírios, e tudo bem orquestrado num discurso ideológico forte e num “trabalho de base” invejável a qualquer partido de esquerda ou teologia da libertação. Eles (os pentecostais) subiram os morros, foram as favelas, entraram mata a dentro na Amazônia e Pará, foram aos mais desertos lugares do Nordeste e avançaram em parte na região Sul. Mapear todo o Brasil ara um trabalho sistemático e diuturno da pregação e prática pentecostal. Nomes como os de Silas Malafaia, Edir Macedo, R. R. Soares, Apóstolo Valdemiro, etc… Tornaram-se conhecidos da mídia (até por estarem nela diariamente).

O jogo teológico-político dos pentecostais se deu numa arena nova para as religiões brasileiras: a televisão. Antes da TV, o rádio foi momento de crescimento (ainda tímido). Lembremo-nos de maneira superficial deste percurso dos pentecostais nos meios de comunicação no Brasil dos anos 50 para cá. Um País ainda rural e muito influenciado pelo rádio viu na “Igreja Deus é Amor” do missionário David Mirada (hoje, figura esquecida nos meios pentecostais) um dos primeiros pentecostais a usar sistematicamente o rádio para conquistar fiéis. David Miranda fazia espetáculos no rádio: curava, exortava, tirava demônios e pedia dinheiro (óbvio e necessário à causa). Cresceu ele, seu patrimônio e sua Igreja durante décadas de ditadura militar.

Interessava aos militares combater a esquerda católica da teologia da libertação e a “Igreja Deus é amor” e a “Igreja Assembleia de Deus” faziam bem este serviço e com algum apoio Norte Americano, pra variar… A metodologia de trabalho desses religiosos pentecostais era sempre a mesma, apesar das divergências de ordem financeira entre os pastores e missionários: trabalhar nas grandes periferias brasileiras das grandes cidades e ir se espalhando para os interiores mais pobres… O negócio (literalmente falando) estava em atingir os pobres (supostamente abandonados espiritualmente pela Igreja Católica). Foi uma grande jogada e que deu certo. Basta ver o peso eleitoral e político que têm hoje nas eleições presidenciais, inclusive.

Junto com todo o trabalho com os mais pobres e no uso da mídia, os pentecostais desenvolveram toda uma “teologia bíblica” marcada por acentuado moralismo: virgindade feminina no casamento, relações monogâmicas, vestimentas fechadas e soturnas, contra qualquer forma de homossexualidade, campanhas em defesa da família e contra as conquistas feministas, dos negros e de homossexuais nas últimas décadas no Brasil e no mundo e azeitada por um anticomunismo visceral, onde viram na queda do muro de Berlin o seu triunfo (jamais imaginariam que o muro caiu para o lado errado e a conta começa a ser cobrada nesses dias. Mas isto é outra história…). A literatura sociológica e política sobre estes temas crescem a cada dia e sobre a posição dos pentecostais começa a se tornar importante num país que não tem tradição de usar suas pesquisas sociais para entender melhor o país e focar em políticas públicas. O crescimento pentecostal e seu poder de fogo nas mídias levaram alguns seguimentos políticos a acordarem do sono dogmático em entender o fenômeno religioso como relevante no Brasil.

Na última década vem se configurando um conflito explicito entre pentecostais e conservadores de um lado e movimentos feministas e de homossexuais e transexuais do outro. Confronto em todos os níveis. O mais recente esta sendo protagonizado pelo pastor Silas Malafaia da “Igreja Assembleia de Deus” (na verdade, o dito pastor pertence a um ramo dissidente da Assembleia da Deus) em afirmações em redes socias e na televisão de ofensa clara aos homossexuais e seus direitos… Primeiro, ele fez a sua candidata a presidente da república Marina Silva recuar na sua posição sobre união civil de homossexuais e em projetos que pune legalmente a homofobia (visível no Brasil atual e nos assassinatos de homossexuais), gerando um constrangimento nas falas da candidata e reação forte em organizações de gays. Em seguida o referido pastor usa as redes sociais para fazer sua “peculiar exegese bíblica” para afirmar que o texto bíblico condena homossexuais e lhes tirando o direito de ser cristão e se homossexual. Já faz tempo que Malafaia colhe duas ou três afirmações bíblicas nesse tom de exclusão de pessoas homoafetivas e faz disso uma bandeira evangélica contra todas as conquistas do movimento gay desde os anos 70. A figura de Jesus acaba sendo arrolada como testemunha dos delírios do pastor e de suas posições ideológicas a sombra dos poderes políticos.

Essa “guerra santa” promovida pelo pastor tem claros interesses políticos e econômicos. Importantes para aumentar seu patrimônio e sua influência política amealhando benefícios para suas igrejas. Quer passar a imagem de que a luta é apenas teológica e se fazer de vitima nesse jogo perverso, mas não é. Esta protagonizando uma derrota pública de um Cristianismo onde a letra do Evangelho é mais importante do que a práxis de Jesus de Nazaré. Malafaia e sua cruzada ideológica é perfeitamente explicada por uma frase de Karl Marx em pleno Século XIX: “A crítica do céu transforma-se em crítica da terra, a crítica da religião em crítica do direito, e a crítica da teologia em crítica da política”.

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Romero Venâncio é professor de Filosofia da UFS

A NOVA VELHA POLÍTICA DA CENSURA DE MARINA SILVA

Essa é a pior baixaria numa campanha eleitoral.Silenciar o adversário através de artifícios judiciais é o fim da picada.A decisão do ministro Herman Benjamin, do TSE, afeta a liberdade de expressão no país.Aécio Neves processa tuiteiros, aciona Ministério Público para prender críticos e apreender seus computadores.
Marina Silva segue a mesma linha. Depois do coitadismo, tentando criminalizar a necessária crítica às suas posições, sua campanha agora assume a tática de substituir o debate pelo tapetão.

    O tecnicismo antidemocrático de setores do judiciário, desatento ao espírito da liberdade que preside a nossa Constituição, favorece esse tipo de estratégia.
Triste será ver a nossa mídia, que sempre faz críticas duras à judicialização absolutamente desregulamentada da contestação do poder político ao jornalismo de denúncia, perder a oportunidade de defender a liberdade.
Se há algum problema apenas puramente jurídico no site Muda Mais, o TSE deveria lhe dar tempo para regularizar a situação, e não tentar silenciar o debate através de uma truculência judicial descomprometida com a questão da liberdade e da democracia.
    É incrível ainda que o TSE tenha aprovado a circulação da propaganda do Empiricus, que fazia propaganda negativa descarada contra Dilma, e agora pretenda, através da decisão monocrática de um ministro, proibir um site político absolutamente transparente.

TIJOLAÇO(fonte)

O BRASIL PRIVATIZADO




    Brasil Privatizado, escrito por Aloysio Biondi, deveria ser lido por todos os brasileiros, pois, denuncia toda a robalheira feita com as privatizações durante o governo FHC e apresenta as provas.
    No entanto, o Ministério Público Federal, que tem prerrogativa constitucional para fiscalizar e defender a lei e os direitos difuso dos cidadãos, ficou omisso e a corrupção foi engavetada e acabou embaixo do tapete. Nos governos Lula e Dilma a corrupção sempre foi combatida e investigada, o que dá a impressão que há muita corrupção nos governos do PT e aliados.
   O que não é verdade, apenas os de Lula e Dilma investigam e os dos tucanos do FHC, por não serem investigados e que acabavam embaixo do tapete com a conivência da mídia, davam a impressão de que não havia corrupção. Os livros Privataria Tucana de Amaury Ribeiro Jr. e este, Brasil Privatizado de Aloysio Biondi, mostram o que conseguiram apurar sobre o dilúvio de corrupção que foi o governo dos tucanos. E todas as denúncias com provas documentais.